Prudência
Acidentes de trânsito estão em queda
Número de óbitos também diminuiu; avenidas de Pelotas são os locais com mais registros
Carlos Queiroz -
O ano de 2018 apresentou queda nas estatísticas de acidentes e óbitos no trânsito de Pelotas. Mesmo com aumento na frota de veículos, as mortes seguem em queda desde 2016 e os acidentes que precisaram contar com a presença de guardas de trânsito diminuíram. Mesmo assim, as principais avenidas da cidade seguem sendo palco de diversas colisões. A queda nas estatísticas envolvendo óbito se deu devido à diminuição em mortes nas rodovias que cortam o município.
Para o secretário municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Flávio Al Alam, a diminuição de acidentes é motivada por trabalhos como a redução da velocidade nas vias. Nas com maiores índices, por exemplo, o radar móvel é usado para coibir imprudências. Além disso, ele atribui à melhoria da sinalização nas vias e nas calçadas a queda nas estatísticas. Mas, dentre todos os cuidados, a grande quantidade de Operações Balada Segura foi que mais ajudou, na opinião dele. “Ela mudou o comportamento das pessoas”, reflete Al Alam.
Mesmo assim, alguns locais seguem perigosos. Fora da lista das dez vias com mais acidentes segundo as estatísticas apresentadas pela SMTT, a avenida Ildefonso Simões Lopes é a com mais óbitos registrados de acordo com os dados prévios, levando em conta o período entre janeiro e outubro de 2018. Foram quatro mortes - de um motociclista vitimado por colisão em fevereiro, um pedestre em junho, um passageiro que estava em uma capotagem, em agosto, e um pedestre atropelado em outubro. Esta última vítima era amiga das irmãs Suzane Maia e Júlia Cardoso. Moradoras das proximidades da avenida, elas consideram a via amedrontadora. “Eles passam muito rápido (...), é complicado”, lamenta Suzane. Com crianças na família, até mesmo a faixa para travessia de pedestres é desrespeitada. “Eles não param”, garante Júlia.
O próprio secretário de Trânsito reconhece o perigo. “É a avenida mais perigosa em relação a acidentes com vítimas”, lamenta. O projeto de duplicação pretende diminuir essa ameaça. O radar móvel também estará mais presente no espaço. O reforço na sinalização é ainda uma saída.
Ações para seguir diminuindo
Al Alam diz que hoje, o grande inimigo no trânsito é o celular. “É um hábito difícil, está incorporado”, lamenta. Ele alerta para os riscos de analisar as estatísticas friamente, já que muitas ocorrências são apenas para ter relato de pequenas colisões, sem grandes problemas, para fins de seguro. Porém, os locais mais recorrentes estão sendo mapeados pelo setor de estatísticas da SMTT, coordenado por Leandro João, e ações localizadas devem ser feitas. Medidas como as minirrotatórias já vêm sendo implementadas em cruzamentos com grande incidência de acidentes para reduzir a velocidade de todos os veículos que por lá cruzam.
Os dados
Em 2017, Pelotas registrou 2.582 ocorrências com atendimento de agentes de trânsito. Em média, foram 7,07 acidentes por dia. No último ano, foi apresentada queda. Foram 56 acidentes a menos (2.526), com uma média diária de 6,91 ocorrências. Os dados destoam do número de veículos registrados no município. Pelotas teve 5.110 veículos cadastrados no ano de 2017, encerrando com 203.175. Até outubro de 2018, os números do Detran já apontavam 207.581 veículos. Al Alam projeta encerrar o ano com cerca de 210 mil veículos registrados. Em uma cidade com cerca de 340 mil habitantes, considera muito. “E não leva em conta os veículos com placas de fora”, explica. Segundo ele, Pelotas tem mais de 144 mil condutores habilitados no momento.
Das 28 vítimas fatais nas estatísticas prévias de 2018, dez eram pedestres, seis motociclistas, seis condutores, quatro passageiros e dois caronas em moto. Confira, a seguir, os números dos últimos anos.
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